SOBRE
Data: date_range 23/12/2023 - 17:17:10
Conceitos Básicos:
Investimentos são recursos alocados com a expectativa de obter retorno em um prazo determinado. Contudo, o alcance desse objetivo pode variar de acordo com a classe de ativo escolhida, envolvendo riscos, especialmente em ativos de renda variável como ações, imóveis, ouro, entre outros. A seguir, detalhamos as principais classes de ativos:
- Ações: Representam participações em empresas, com possíveis ganhos oriundos de dividendos e valorização do ativo. Os riscos incluem falência, desafios de mercado e liquidez.
- Títulos públicos e privados (Renda Fixa): Consistem em empréstimos a entidades governamentais ou privadas, prometendo retorno dos recursos numa data futura com uma taxa de juros pré-estabelecida. O risco principal é o de crédito, parcialmente mitigado pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
- Imóveis: Ativos sujeitos à valorização ou desvalorização, influenciados pela localização geográfica. Fundos imobiliários são uma opção para investidores com recursos limitados. Os riscos primários são de mercado e liquidez.
- Ouro: Um ativo de proteção que tende a valorizar em cenários de instabilidade econômica, porém com liquidez reduzida devido aos custos de manutenção. O risco de mercado, como variações nas taxas de juros, pode influenciar seu valor. Uma forma acessível de investir em ouro é através do GOLD11, um Exchange-Traded Fund (ETF).
Riscos x Retornos
Como mencionado, investir sempre envolve riscos, especialmente em ativos de renda variável. A relação entre risco e retorno é diretamente proporcional: maior potencial de retorno implica em maior risco. Ações, por exemplo, oferecem altos retornos potenciais, mas estão sujeitas a riscos de falência, mercado e liquidez. Já os títulos públicos de renda fixa apresentam retornos mais baixos e riscos reduzidos.
Existem três perfis de investidores: Conservador, Moderado e Arrojado.
- Investidor Conservador: Prefere baixo risco, optando por renda fixa (CDB, LFT, LCA, etc.). Comum em pessoas acima de 40 anos, focadas na segurança patrimonial, investem até 5% em renda variável.
- Investidor Moderado: Equilibra segurança e busca por retornos superiores, alocando de 10% a 20% em renda variável, frequentemente com algum conhecimento de mercado.
- Investidor Arrojado: Disposto a assumir riscos maiores, entendendo a dinâmica do mercado, investe mais de 20% em renda variável, lidando bem com eventuais perdas.
Horizonte de Investimento:
Conforme a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), existem três principais prazos de investimento:
- Curto prazo: Até 2 anos.
- Médio prazo: De 3 a 10 anos.
- Longo prazo: Mais de 10 anos.
A escolha do prazo de investimento deve estar alinhada ao objetivo do investidor, como financiar uma viagem no curto prazo ou preparação para a aposentadoria, um objetivo de longo prazo.
Características dos Investimentos:
- Curto prazo: Focado em risco e liquidez. Importante ter a capacidade de resgatar investimentos facilmente. Riscos devem ser minimizados, considerando a dificuldade de recuperar rentabilidade em um período breve.
- Médio prazo: Liquidez torna-se menos crucial, permitindo buscar melhores retornos, mesmo que isso implique em menor liquidez.
- Longo prazo: Prioriza o máximo rendimento, com menos preocupação com liquidez e vencimento.
Mercado Primário x Mercado Secundário:
- Mercado Primário: Local de emissão e primeira venda de títulos por empresas, sejam de renda fixa, variável ou instrumentos híbridos. Empresas que buscam financiamento por meio de Ofertas Públicas Iniciais (IPOs) recorrem a este mercado.
- Mercado Secundário: Espaço onde títulos já emitidos são negociados entre investidores. Aqui, o valor pago por um título vai para o proprietário anterior, não para a instituição emissora.
Este mercado possibilita aos investidores negociarem seus ativos conforme necessidades ou análises de mercado.
Corretoras e Plataformas de Investimento:
A escolha de uma corretora e plataforma de investimento adequadas é vital, dependendo do tipo de investimento pretendido. Fatores a considerar na escolha de uma corretora incluem:
- Taxa de corretagem.
- Taxa de custódia.
- Qualidade do atendimento.
- Serviços prestados pelo assessor de investimentos.
- Funcionalidade do Home Broker.
As corretoras variam em termos de taxas e serviços, exigindo pesquisa detalhada. Algumas corretoras conhecidas são XP, Órama, Guide Investimentos, Genial Investimentos e Toro Investimentos.
Plataformas de investimento são geralmente voltadas para traders ativos no mercado de ações, títulos de renda fixa, ouro, criptomoedas e ETFs. A escolha depende das ferramentas oferecidas e dos custos associados. Exemplos de plataformas incluem Profitchart, Tryd e Metastock. O Home Broker, oferecido por corretoras, pode ser limitado para análise gráfica, importante para traders frequentes.
Custos e Taxas
No universo dos investimentos, diversos custos e taxas são associados a diferentes tipos de ativos. Por exemplo, no mercado de ações, há custos de corretagem (transação de um ativo), custódia (guarda do ativo), emolumentos (taxa cobrada pela B3) e impostos sobre ganhos, que variam entre day trade (operações no mesmo dia) e swing trade (operações de prazo mais longo).
No caso de imóveis, existem taxas como IPTU, ITBI e ITCMD (em caso de transferência por doação ou herança). É importante escolher corretoras com custos compatíveis com seu perfil financeiro, sem comprometer a qualidade do serviço.
Diversificação
Diversificar investimentos significa escolher ativos com comportamentos distintos, visando reduzir riscos: mercado, crédito e liquidez. A diversificação busca equilibrar a volatilidade dos ativos, minimizando perdas potenciais. Ativos com baixo beta (menor volatilidade que o mercado) são preferíveis para mitigar riscos. A correlação entre ativos, que varia de -1 (negativa perfeita) a 1 (positiva perfeita), é um fator crucial na construção de uma carteira diversificada.
Influências no Mercado
O mercado financeiro é influenciado tanto por fatores internos (como políticas macroeconômicas locais, eleições, escândalos políticos) quanto externos (crises financeiras internacionais, pandemias). Esses fatores podem afetar significativamente os mercados e os investimentos.
Psicologia do Investidor
Aspectos psicológicos, como idade, renda e conhecimento, influenciam a tolerância ao risco dos investidores. Jovens tendem a assumir mais riscos, assim como pessoas com maior renda ou conhecimento em investimentos.
Regulação e Proteção do Investidor
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é um órgão regulador essencial no mercado financeiro brasileiro, responsável por disciplinar, normatizar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários. Suas ações visam proteger investidores e assegurar a transparência e equidade do mercado.
Educação Financeira
A educação financeira é fundamental para o entendimento da importância de poupar e investir. A inclusão deste tema na grade educacional e a promoção de uma maior concorrência no mercado de corretoras podem facilitar o acesso dos brasileiros ao mundo dos investimentos, promovendo uma cultura de investimento mais sólida e diversificada.
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