A Usiminas é um dos maiores grupos siderúrgicos do Brasil, atuando de forma verticalizada ao longo da cadeia de aço, com atividades nas áreas de mineração, logística, bens de capital, centros de serviço e soluções customizadas para a indústria. Além disso, a companhia oferece um amplo portfólio de produtos, como a linha completa de aços planos, atendendo tanto a indústria brasileira quanto parques fabris internacionais. A empresa foi a primeira a ser privatizada dentro do programa de desestatização no início dos anos 90.
A Usiminas está inserida em um setor que tem forte dependência do mercado externo principalmente o chinês que vem apresentando um crescimento abaixo do esperado o que vem afetando assim o preço de suas ações.
Além disso o aço do mercado chinês vem entrando no mercado brasileiro de forma competitiva afetando assim as suas vendas internas.
Dito isto vamos aos números da empresa:
Desde 2020 a receita da Usiminas vem obtendo um bom crescimento passando de R$ 16,1 bilhões para R$ 27,6 bilhões em 2023 demonstrando que a companhia obteve sucesso na política de preços e na expansão do seu volume vendido até então.
Contudo seu Ebit (Lucro Operacional) apresentou forte queda na comparação do mesmo período na qual passou de R$ 2,43 bilhões para R$ 653,6 milhões o que pode ser oriundo de fatores como: perdas não recorrentes como baixa de algum ativo imobilizado pelo valor abaixo do justo, paralisação de parte de suas operações o que levou a não diluição dos custos fixos, dentre outros fatores.
Em relação ao nível de endividamento este se manteve estável na mesma base comparativa aproximadamente em R$ 5,9 bilhões, com seu nível de endividamento sendo considerado baixo assim já que a dívida bruta representa somente 27,0% do patrimônio líquido da empresa.
Sobre seu lucro líquido este conseguiu apresentar crescimento entre 2020 a 2023 passando de R$ 672,8 milhões para R$ 1,39 bilhões em 2023 podendo ser oriundo de ganhos não recorrentes já que seu Ebit apresentou queda na mesma base de comparação.
Apesar do preço de suas ações estarem depreciados, não vemos catalisadores que podem impulsiona-las no curto prazo, pois a situação na China tende a continuar desafiadora sobretudo no mercado imobiliário daquele país principal consumidor dos produtos da empresa e além disso seus números apresentam alta instabilidade o que faz se necessário a empresa passar por uma reestruturação como forma de limpar seu balanço. Logo desta forma NÃO RECOMENDAMOS as ações da Usiminas no momento.
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Analista Responsável: Caio R. Lyra Farme d’Amoed - CNPI