A Rumo S.A é uma Companhia brasileira de serviços logísticos de transporte ferroviário de armazenagem e elevação portuária. A Empresa foi fundada em 2016 como resultado da fusão entre a Rumo Logística e a ALL - América Latina Logística.
Atualmente, a Companhia é a maior operadora ferroviária do país, com aproximadamente 14,000 km de linhas ferroviárias, 1.500 locomotivas e 35 mil vagões. Ela atua nas regiões Centro-Oeste, Sul, Sudeste e Norte, onde quatro dos portos mais ativos do País estão localizados e por meio dos quais a maior parte da produção de grãos do Brasil é exportada.
Com isso, as unidades de negócio da Companhia se dividem entre a Operação Norte, que é composta pela Malha Norte, a Malha Paulista e a Operação Portuária de Santos (20% de participação da Rumo), a Operação Sul, composta pela Malha Oeste e a Malha Sul, e Operação de Contêineres, composta pela subsidiária Brado Logística.
O perfil de baixa concorrência e da alta barreira de entrada do setor, na qual é definido por concessões, faz com que a Rumo tenha vantagem competitiva perante seus concorrentes, gerando alta previsibilidade de receita e baixo risco para produtos substitutos.
No entanto o elevado nível de investimentos exigidos no setor fazem com que níveis sólidos de rentabilidade sejam alcançados somente no longo prazo já que tais investimentos são compostos por ativos fixos.
Dito isto, vamos aos seus principais números:
Em 2024 a receita atingiu R$ 13,9 bilhões contra R$ 7,0 bilhões em 2020 tendo assim um crescimento próximo a 100% que pode ser explicado por: i) expansão das operações da empresa ; ii) maior volume transportado ; iii) novas concessões em que a empresa saiu vencedora, etc...
Já o Ebit teve crescimento ainda maior na mesma base comparativa em que saiu de R$ 1,8 bilhões em 2020 e foi para R$ 5,7 bilhões em 2024 com a margem da empresa tendo expansão assim o que pode ser explicado pela maturação de parte dos investimentos realizados nos últimos anos.
A dívida bruta da companhia manteve-se praticamente estável em igual período de comparação saindo de R$ 19,9 bilhões (2020) e indo para R$ 19,1 bilhões (2024). Por outro lado apesar de ficar próximo a estabilidade seu nível de endividamento segue alto já que a dívida bruta equivale a 130% do patrimônio líquido da Rumo.
Por último, a empresa passou de lucro líquido de R$ 297,2 milhões em 2020 para prejuízo líquido de R$ 959,2 milhões em 2024, com tal prejuízo podendo ser explicado em parte pela elevação da selic nas últimas reuniões do COPOM já que parte do seu elevado endividamento está atrelado a taxa de juros local.
Diante dos números apresentados pela companhia que são bons com exceção da última linha do resultado que tende a ficar pressionada devido a tendência da selic permanecer em patamares elevados por um tempo, nossa recomendação é de MANUTENÇÃO para as ações da empresa (RUMO3).
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