PetroReconcavo

É uma operadora independente de petróleo e gás na qual possui mais de 22 anos de atuação no segmento e é especializada no desenvolvimento e revitalização de campos maduros onshore. Atualmente possui 59 concessões e 1 bloco exploratório, sendo 32 campos na Bacia Potiguar e 26 campos na Bacia do Reconcâvo. A empresa ainda distribui gás natural para Potigás, PBGás e a BahiaGás.

Ao ser comparada com outras companhias consideradas junior oils, a PetroReconcavo apresenta lifting cost (custo de extração) em níveis interessantes principalmente quando considerada apenas a produção onshore. Apesar da entrada do polo Tiêta em março de 2023 no portfólio da empresa este número permanece comportado. No 3T23 este custo caiu 10% em relação ao número registrado no 2T23 ficando em US$ 12,15/boe. 

A produção da companhia segue em ritmo forte atingindo a marca de 28,4 kboed em julho de 2023. Tal crescimento fora sustentado principalmente pelos polos Potiguar e Miranga. No entanto uma vez que o polo Miranga produz um volume bem maior de gás, a porcentagem de petróleo produzido pela empresa corresponde a 60% do total da produção desta.

Por mais que a PetroReconcavo tenha aumentado seu endividamento no 3T23 a alavancagem segue em níveis saudáveis assim como suas margens também seguem em patamares saudáveis apesar da recente desvalorização do petróleo.

Devido aos resultados que a companhia vem entregando e as suas perspectivas de crescimento seguimos otimistas com as ações da empresa.

Em relação aos pontos positivos vale citar: 1) Lifting cost em patamares saudáveis quando comparada com os principais concorrentes; 2) Níveis de alavancagem bem controlados ; 3) Avanço nos investimentos para a expansão da produção.

Já sobre os pontos negativos/riscos, podemos mencionar: 1) Redução da venda de ativos por parte da Petrobrás pode comprometer o crescimento da empresa via aquisições ; 2) Aumento nas taxas de juros pode ser prejudicial a empresa que está em crescimento e possui fluxo de caixa voltado para prazos mais longos ; 3) Desvalorização do preço do petróleo.