A Equatorial é o terceiro maior grupo de distribuição de energia do país em número de clientes.
Atualmente opera seis concessionárias nos estados do Maranhão, Piauí, Pará, Rio Grande do Sul, Amapá e Goiás, atendendo mais de 10 milhões de clientes.
A companhia ainda atua no setor de transmissão e recentemente entrou no setor de saneamento, se tornando a primeira empresa multi-utilities do país, além de adquirir 100% das ações da Echoenergia S.A, iniciando assim novo capítulo no setor de renováveis e tornando-se efetivamente um player de atuação integrada no segmento de energia.
A empresa tem como modelo de negócio a expansão inorgânica por meio da aquisição de outras empresas, se beneficiando da ampliação de concessões pelo país.
A Equatorial possui como um dos seus principais diferenciais competitivos a vasta experiência em identificar ativos com potencial de valorização significativo, além da capacidade de melhorar a eficiência das concessões adquiridas.
Por outro lado, devido a sua agressiva atuação em aquisição de novos ativos, seu nível de alavancagem é considerado alto frente a outros pares de mercado, com uma dívida líquida/Ebitda de aproximadamente 4,0 vezes.
Nos últimos anos a companhia buscou a diversificação de suas receitas com aquisições em setores de transmissão, geração de energia e saneamento.
Nossa expectativa é a de que a Equatorial siga obtendo sucesso nas recentes aquisições conquistadas entre elas a CELG, CEEE-D e CEA, devido ao sólido histórico na realização de turnaround em empresas estatais.
Nesse sentido, podemos citar como recentes casos de sucesso a aquisição nas concessões dos Estados do Piauí (adquirida em julho de 2018) e Alagoas (adquirida em dezembro de 2018), na qual em apenas 2 anos completos de atuação nesses Estados a Equatorial obteve reduções nos custos gerenciáveis entre -38% e -43% respectivamente.
Podemos citar ainda o caso da Celpa, distribuidora de energia elétrica do Pará, que foi adquirida em 2013, com a Equatorial em sete anos reduzindo as perdas totais de 35,9% da energia injetada.
Por último, seus múltiplos atuais estão elevados o que nos faz as ações da empresa não estar entre as favoritas para a Blue Chip Invest dentro do setor de energia elétrica.
Ressaltamos como pontos positivos da empresa: i) Atuação em setores com fluxo de caixa previsível; ii) Sucesso nos processos de turnaround das empresas adquiridas; iii) Busca pela expansão no segmento de transmissão, que possue retornos maiores que outros segmentos de energia;iv) Habilidade em identificar ativos com potencial significativo; v) Atuação diversificada, mitigando assim os riscos de concentração ; vi) Detentora de companhias com monopólios regionais
Em relação aos riscos (pontos negativos), relacionamos os seguintes: i) Uma eventual recessão econômica tende a comprometer o desempenho operacional; ii) Níveis de alavancagem superiores aos pares do setor; iii) Uma eventual elevação nas taxas de juros tende a comprometer seus resultados, já que boa parte da sua elevada dívida é atrelada ao CDI ; iv) Provisões serem maiores que o esperado, já que a empresa possui contingências bilionárias em algumas companhias adquiridas; v) Risco de aquisições caras que não gerem retorno esperado aos acionistas;