A Eletrobrás é uma empresa de economia mista e capital aberto, sendo controlada pelo governo brasileiro com atuação nas áreas de geração, transmissão e distribuição. A companhia é detentora de uma das matrizes mais limpas do mundo para geração de energia elétrica. A empresa tem sede em Brasília, além de possuir escritório central no Rio de Janeiro. A Eletrobrás possui ações negociadas na B3, na bolsa de valores de Madri e de Nova Iorque. Possui capacidade instalada total de 48.134 MW sendo assim a maior empresa de geração de energia elétrica brasileira o que leva a ter participação de 31% do total da capacidade instalada no país. A receita da companhia é dividida nos seguintes segmentos:
Geração – Cerca de 95% da capacidade instalada da empresa é oriunda de fontes de baixa emissão de gases estufa, como solar, nuclear, eólica e hidráulica. Dada a participação da companhia na matriz elétrica brasileira, em 2018 do total instalado oriundo de fontes de baixa emissão de GEE, 41% pertencem à Eletrobrás.
Transmissão – A malha de linhas de transmissão das empresas da Eletrobrás somou aproximadamente 71.068 km em 2018, sendo que 63.479 km são de linhas corporativas do sistema Eletrobrás e 7.589 km correspondem à participação da Eletrobrás por meio de SPEs. Se for considerada apenas a rede básica do Sistema Interligado Nacional, ou seja as tensões de ± 800, 750, ±600, 525/500, 345 e 230 kV, a companhia é responsável por 64.833 km de linhas de transmissão, representando assim cerca de 47,3% do total das linhas do Brasil nas referidas tensões.
Ressaltamos como pontos positivos da empresa: i) Privatização o que tende a elevar o retorno aos acionistas; ii) Reestruturação iniciada em 2016 que já levou a uma melhora significativa nos números operacionais e financeiros ; iii) Perspectiva de continuidade na evolução dos números; iv) Melhora da atividade econômica alavancará seus resultados, já que haverá maior consumo de energia ; v) Atuação concentrada nos segmentos de geração e transmissão, que possuem maior rentabilidade.
Em relação aos riscos (pontos negativos), relacionamos os seguintes ; i) Ingerência do estado na gestão ; ii) Eventual enfraquecimento da atividade econômica, o que levaria a uma menor demanda por energia ; iii) Possíveis mudanças regulatórias feitas pelo governo no setor elétrico ; iv) Parcela da dívida bruta denominada em moeda estrangeira, o que ajuda a dificultar a previsibilidade em seus resultados ; v) A desestatização do governo via aumento de capital através de subscrição de ações pode ter impacto negativo em suas ações no curto prazo, já que diluiria a participação dos atuais acionistas minoritários.
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Analista Responsável: Caio R. Lyra Farme d’Amoed - CNPI