A Eztec Empreendimentos e Participações S/A faz parte do grupo Eztec, holding que possui mais de 40 anos de experiência nos setores imobiliário, hoteleiro e agropecuário. A empresa é uma das maiores incorporadoras e construtoras de edifícios residenciais em São Paulo, possuindo foco no médio e alto padrão. A Eztec atua naincorporação, que prospecta e desenvolve empreendimentos que antecipam as tendências do mercado, naengenharia econstrução que garantem a qualidade dos empreendimentos e a entrega no prazo eainda naimobiliária, responsável pela manutenção da forte velocidade de venda de seus empreendimentos
Os últimos anos tem sido difíceis para o setor de construção civil diante das altas expressivas no INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) que mede a inflação no segmento de construção civil que vem comprimindo as margens das incorporadoras o que é agravado ainda pelo cenário macroeconômico adverso com um ciclo rápido e forte de alta de juros. Tal situação que tem como destaque o nível mais alto dos juros nos últimos 20 anos é um grande empecilho para as empresas do setor, tendo em vista que impacta a demanda por financiamento imobiliário, pressiona assim os preços dos imóveis para baixo.
No entanto, mesmo nesse cenário desafiador a EZTEC consegue ser uma das destaques do setor de construção civil através de uma boa gestão e da forte posição de caixa, aproveitando assim momentos adversos no setor para realizar aquisições oportunísticas. Com isso, em momentos de recuperação do setor a construtora consegue acelerar seus lançamentos e capitalizar sobre as vendas. Logo a empresa tem o histórico de apresentar solidez para enfrentar qualquer cenário.
Entre 2020 a 2024 a receita da Eztec passou de R$ 936,6 milhões para R$ 1,6 bilhões sendo impulsionada pela retomada das vendas pos pandemia e pela estratégia com parceiros e participação em projetos o que permitiu maior capacidade de lançamento e exposição a projetos com bom VGV sem concentrar todo o capital da incorporadora.
Contudo, apesar do crescimento da receita, o Ebit teve tímida expansão na qual foi para R$ 268,2 milhões (2024) ante R$ 224,0 milhões (2020) tendo assim perda de margens que foram ocasionadas pelos seguintes fatores: i) Aumento expressivo dos custos de construção; ii) Diluição de margens por parcerias (coincorporação) que por um lado diversifica o risco, porém reduz a fatia de margem por projeto; iii) Maior participação de estoque pronto nas vendas, já que estes geralmente possuem margens mais baixas devido aos descontos dados para sua redução